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Vitiligo: entenda mais sobre as causas, sintomas e tratamento

Vitiligo é uma doença caracterizada pela perda gradativa da pigmentação cutânea e afeta populações de todos os tons de pele, estimando-se que já atinja mais de 150 milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

O vitiligo não é contagioso, e gera o surgimento de manchas em todo o corpo, até mesmo o cabelo, interior da boca e os olhos. Não é possível prever a extensão da doença ou o quanto a pessoa perderá a cor da pele. Nas pessoas de pele escura o vitiligo é mais perceptível. Apesar de não representar risco à vida para quem a possui, a doença pode afetar seriamente a autoestima do paciente e ser um gatilho para problemas psicológicos, como a depressão. Neste post, você vai saber quais os sinais da doença, o tratamento e quando procurar um dermatologista.

Tipos de Vitiligo

Existem dois grupos da doença: o vitiligo localizado e o vitiligo generalizado. No localizado, uma ou mais manchas podem surgir em pelo menos três partes do corpo, com evolução rápida (semanas ou poucos meses) seguida de estabilização, e a partir daí não surgem novas manchas. O vitiligo localizado pode ser classificado como segmentar, focal ou de mucosas. O tipo segmentar é caracterizado por manchas do formato de faixas de um lado só do corpo. O focal é o tipo mais comum de todos, em que aparecem manchas em duas ou três partes do corpo, como mãos, axilas, pés e pálpebras, e a de mucosas aparece somente em lábios e na região genital.

O vitiligo generalizado pode evoluir rápida ou lentamente e pode, ainda, estabilizar depois de determinado tempo. Às vezes, o vitiligo do tipo focal desenvolve para a forma generalizada, embora isso não seja tão comum. São quatro tipos distintos de vitiligo generalizado: vulgar, misto, universal e acrofacial. O mais comum deles é o tipo vulgar, em que surgem manchas simétricas em diversas áreas do corpo. O tipo misto consiste em uma mistura dos tipos vulgar e segmentar. Já o vitiligo universal, que é muito raro, acomete mais de 70% do corpo. Por último, o vitiligo do tipo acrofacial só leva ao surgimento de manchas no rosto, nas mãos e nos pés.

Possíveis Causas

Apesar das causas do vitiligo ainda não serem conhecidas, acredita-se que esteja relacionada com fatores genéticos, ambientais e imunológicos. O que se sabe até hoje é que a doença ocorre quando as células formadoras de melanina (melanócitos) morrem ou deixam de produzir melanina que é o pigmento que garante a cor da pele, cabelo e olhos. Os médicos ainda não sabem explicar por que os melanócitos param de cumprir sua função, mas crê-se que o vitiligo possa ser uma doença autoimune, em que o próprio sistema imunológico ataca e destrói os melanócitos.

Diagnóstico

O diagnóstico da doença é clínico. O médico deve examinar as lesões e pedir exames laboratoriais para determinar se o paciente é mesmo portador de vitiligo e se existem outras doenças associadas. Algumas manchas brancas podem ser provocadas pelo sol ou por micoses e não constituem lesões de vitiligo.

Vitiligo tem tratamento

O tratamento para Vitiligo pode desacelerar a doença e até mesmo melhorar a aparência da pessoa. Apesar de existir cura, ela não depende exclusivamente do método terapêutico, mas sim da reação do organismo a esse método. Existem inúmeras opções terapêuticas para o tratamento da doença. Corticosteroides, imunomoduladores, helioterapia, PUVA (Psolareno + UVA). Psoraleno é uma substância química sensível a radiação) e enxertos cirúrgicos são alguns deles. Esteróides têm sido usados para remover as manchas brancas, porém não são muito eficientes.

Outro tratamento mais radical é tratar quimicamente para remover todo o pigmento da pessoa para que a pele fique mais uniforme. As terapias psicológicas também têm mostrado bons resultados, uma vez que há uma ligação intrínseca entre estresse e a saúde da pele.  Raramente ocorre cura definitiva das lesões, pois há áreas que apresentam maior dificuldade de recuperar a pigmentação. Quando o processo afeta mais de 50% do corpo, a opção de tratamento pode ser a despigmentação total da pele.

Fatores de risco

O vitiligo pode acometer qualquer pessoa, embora seja mais comum em indivíduos com a cor de pele mais escura. A doença também pode aparecer durante qualquer fase da vida, mas o seu surgimento é muito mais comum até os 20 anos de idade. Contudo, estresse físico, emocional e ansiedade são fatores comuns no desencadeamento ou agravamento da doença.

Estudos mostram que um histórico familiar de vitiligo possa estar entre um dos possíveis fatores de risco para a doença, mas essa evidência ainda não está comprovada.

É importante levar em conta o estado psicológico do paciente, visto que fatores emocionais podem agravar o aparecimento e a evolução das lesões.

Evidências médicas também sugerem que a doença possa estar relacionada à herança genética ou a fatores externos, como exposição excessiva ao sol, a situações de estresse e a produtos químicos.

Recomendações

  • Procure um dermatologista para diagnóstico e tratamento se notar o aparecimento de mancha branca na pele. Não há como prevenir as lesões de Vitiligo ou a progressão da doença
  • Tome sol com cuidado, por períodos curtos, usando protetor solar, evitando a exposição entre 10h e 16h;
  • Reaplique o protetor solar a cada duas horas, especialmente se estiver na praia ou na piscina
  • Hidrate a pele normalmente. O portador de Vitiligo não precisa de hidratantes nem sabonetes especiais

Agora que você já sabe mais sobre o vitiligo, fique atento aos sinais que a pele pode dar, e procure um dermatologista caso já perceba algum sintoma.